Salvador, primeira capital do Brasil

Farol da Barra, Salvador BA - Fonte: MTur
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Salvador é superlativa. Não é só a primeira capital do Brasil, como se isso, por si só, fosse pouco. Ela também é a primeira em muitas outras coisas. Para o baiano mais apaixonado, aliás, a cidade é a número um em quase tudo. A começar por ser aquela com o povo mais festeiro e receptivo, de sorriso largo, sempre disposto a superar as adversidades com bom-humor e solidariedade. É a terra da alegria.

Quando o assunto é história, nossa, essa capital dá um banho com as águas salgadas da baía mais bonita entre todas, a de Todos-os-Santos. Fundada em 29 de março de 1549 após a chegada do primeiro-governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, ela foi a primeira capital do Brasil até 1763, quando o Rio de Janeiro assumiu o posto. Mas isso não prejudicou em nada não.

A cidade, terra do dendê, do acarajé, da mistura de raças e de credos. Mesmo aquele que só a vê do alto, sobrevoando a metrópole de passagem, já é atingido pelas curvas sedutoras da cidade, com sua vasta beleza natural e construções seculares, algumas das quais só existem aqui, a exemplo do primeiro e único forte construído em formato circular, chamado de São Marcelo, ali pertinho do Elevador Lacerda, do Mercado Modelo e do famoso Pelourinho.

Pelourinho, Salvador BA – Fonte: MTur

Principais Eventos

>> Carnaval

O Carnaval de Salvador é a tradução universal para o termo “festa em movimento”. Mais que isso, é a transformação de uma cidade em um imenso e pulsante palco de shows móveis e variados, onde é possível brincar na rua, no camarote, dentro ou fora das cordas e até no mar (novidade que começou na folia de 2017). Guiado pelos pés e pela emoção, abraça tendências modernas sem, no entanto, perder a magia dos velhos folguedos, que tem parte de sua origem na Europa, mas que não abre mão da raiz africana. É, certamente, a mais clara expressão da simbiose entre o artista e a plateia ou, o que tem sido visto como uma retomada dos velhos carnavais, entre o público, a rua e a fantasia. É a festa do olho no olho, a junção perfeita de tradição e modernidade, que concede ao brincante o tão esperado passaporte de liberdade, de ser quem quer, antes de a labuta começar de fato, como se diz em Salvador.

Carnaval de Salvador BA – Fonte: Wikimedia Commons

>> Festival da Virada

Depois do Carnaval, o maior evento da primeira capital do Brasil é o Réveillon. Agora chamado de Festival Virada Salvador. Aliás, a multidão é tão grande que a celebração proporciona aos artistas e ao público a sensação de estar num icônico festival de música, a exemplo de Woodstock, Monterey, Live Aid, Lollapalooza e o tradicional Rock in Rio. São mais de 30 atrações de peso local e nacional, selecionadas valorizando o caráter eclético da música brasileira, que se apresentam no festival de forma gratuita em mais de 70 horas de música distribuídas ao longo de cinco noites. Os hotéis da cidade ficam lotados no período, a exemplo do que ocorre no Carnaval, movimentando toda uma cadeia produtiva e gerando milhares de empregos. É a Prefeitura, que organiza o evento, providencia toda a infraestrutura necessária em áreas como mobilidade, ordenamento, atendimento à saúde e segurança. Entre os destaques positivos apontados pelos turistas que já conheceram o Réveillon de Salvador estão a proximidade com o mar, a facilidade de acesso, a organização, segurança, o caráter gratuito — diferente dos maiores festivais realizados ao redor do planeta, todos pagos e muito caros — e a capacidade de atrair pessoas de diversos níveis sociais, etnias, credos, culturas e costumes diferentes. E vale lembrar que, além da música, o festival conta com roda-gigante, tirolesa, praça de alimentação e, na noite da virada, um show pirotécnico de mais de 15 minutos.

>> Lavagem do Bonfim

Comemorado na segunda quinta-feira do ano, a tradicional lavagem das escadarias Bonfim é considerada a segunda maior manifestação popular da Bahia, perdendo apenas para o Carnaval. O festejo começa às 10 da manhã, quando os participantes se concentram em frente à Igreja da Conceição da Praia para dar início a uma caminhada de 8 km até a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim. O cortejo é comandado por baianas com trajes típicos – turbantes, saias engomadas, braceletes e colares – que carregam vasos com água de cheiro. Todos se vestem de branco, que é a cor de Oxalá, o deus Yoruba sincretizado com Senhor do Bonfim.

Lavagem do Bonfim, Salvador BA – Fonte: Pref. do Salvador

 >> Outras Festas Populares

Outras celebrações também ganham destaque neste roteiro sagrado e profano pela magia soteropolitana. Aqui se destacam os festejos em homenagem a Santa Bárbara/Iansã, no dia 4 de dezembro, Nossa Senhora da Conceição da Praia, padroeira da Bahia, e Santa Luzia, nos dias 8 e 13 do mesmo mês, respectivamente. Entre a despedida do ano velho e a chegada do novo ano acontece a Festa da Boa Viagem e Bom Jesus dos Navegantes, na virada de 31 de dezembro para 1° de janeiro. Já no mês de janeiro, a dualidade entre profano e sagrado se transforma em som, demonstrações de fé e alegria com a Festa de Reis, a Lavagem do Bonfim, a Segunda-Feira Gorda da Ribeira, culminando na Festa de São Lázaro, no dia 31. Sem tempo de descansar, no dia seguinte, já invadindo o carnavalesco fevereiro, o visitante parte para as bucólicas areias de Itapuã, nas imediações de uma das mais tradicionais colônias de pescadores da terra, para acompanhar a lavagem das escadarias da Igreja de Nossa Senhora de Itapuã.

Antes que o turista possa recobrar as energias nos melhores hotéis e pousadas da capital baiana, ele esbarra, bem ali no Rio Vermelho, bairro mais boêmio da cidade, com as homenagens à Rainha do Mar, celebrando Iemanjá no dia 2 de fevereiro, em um dos mais belos espetáculos de devoção que a Bahia empresta aos olhos do mundo.

Atrações Locais

>> Centro Histórico

Visitar Salvador e não conhecer o Centro Histórico da cidade é o mesmo que chegar à Bahia e não experimentar o acarajé. A região, que passa por intenso processo de requalificação via recursos públicos e privados tem uma vista privilegiada da Baía de Todos-os-Santos, além de concentrar alguns dos principais cartões-postais de Salvador, como o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo.

O Centro Histórico de Salvador – do qual o Pelourinho é símbolo e síntese – constitui o maior conjunto arquitetônico colonial da América Latina. Orgulho dos baianos, o espaço é tombado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

Articulando as dimensões histórica e cultural, o Centro Histórico de Salvador é, por excelência, o locus das atividades criativas da Cidade, com destaque para a presença marcante da herança afro-brasileira, que fez surgir aqui uma cultura singular. Nessa ambiência inspiradora a Cidade tradicionalmente se expõe em toda a sua grandeza cultural, exibindo as expressões da sua criatividade e originalidade. Ali se encontram instituições e entidades, edifícios e espaços, tradições e práticas que refletem o passado e projetam o futuro, ambos convivendo em um mesmo ambiente. Não custa assinalar que a própria restauração e conservação do patrimônio arquitetônico do Pelô constitui, em si mesma, uma indústria criativa internacionalmente consagrada. Predominantemente residencial e turística, a área mantém parte de suas antigas funções de “centro de cidade”, hoje compartilhada com outras regiões da metrópole.

Centro histórico de Salvador BA – Fonte: MRE

>> Igreja São Francisco de Assis

A descoberta, sob camada grossa de tinta, de um revestimento banhado a ouro fez da Igreja da Ordem Primeira de São Francisco, no Pelourinho, uma das mais requisitadas pelos turistas que visitam a capital baiana. Sua arquitetura apresenta a exuberância do barroco em seu esplendor dourado. Erguida em meados do século XViii, o templo franciscano nasceu em conjunto com o convento da ordem. É a igreja brasileira cujo revestimento concentra a maior quantidade de elementos em ouro, superando até mesmo os templos mineiros.

Praça Anchieta, S/n, Pelourinho
(71) 3322-6430

Igreja São Francisco de Assis – Fonte: MTur

>> Elevador Lacerda

É o primeiro elevador urbano do mundo. Em 8 de dezembro de 1873, quando foi inaugurado, era o mais alto do mundo, com 63 metros.

Localizado na Praça Municipal, no Centro Histórico de Salvador, cumpre a função de transporte público entre a Praça Cairu, na Cidade Baixa, e a Praça Tomé de Sousa, na Cidade Alta. Hoje é um dos principais pontos turísticos e cartão postal da cidade. Do alto de suas torres, descortina-se a vista da Baía de Todos-os-Santos, do Mercado Modelo e, ao fundo, o Forte de São Marcelo. A estrutura tem 72 metros de altura e duas torres: uma que sai da rocha e perfura a Ladeira da Montanha, equilibrando as cabines, e outra, mais visível, que se articula à primeira torre, descendo até ao nível da Cidade Baixa.

Praça Tomé de Souza, S/N – Centro

Elevador Lacerda, Salvador BA – Fonte: MTur

>> Mercado Modelo

É um mercado de artesanato localizado na cidade de Salvador. Foi inaugurado em 2 de fevereiro de 1912, e ocupa, desde 1971, o prédio da antiga Alfândega de Salvador. Está situado no bairro do Comércio, uma das zonas comerciais mais antigas e tradicionais de Salvador, constituindo-se em importante atração turística, visitado por 80% dos turistas da cidade. Diante da Baía de Todos-os-Santos, é vizinho do Elevador Lacerda e do Centro Histórico (que inclui o Pelourinho). Em arquitetura do estilo neoclássico, a edificação é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Praça Visc. de Cayru, s/n – Comercio
(71) 3241-3529

Mercado Modelo, Salvador BA – Fonte: Heraldo Sales

>> Casa do Carnaval

A Casa do Carnaval, também conhecida como endereço fixo da alegria e da fantasia, conta a história da festa brincando, com o uso de muita tecnologia em prol da interatividade. Trata-se de equipamento cultural inaugurado pela Prefeitura da cidade, entre o Terreiro de Jesus e a Praça da Sé, no Pelourinho, Centro Histórico da primeira capital do Brasil. Logo na entrada, três caretas convidam para um banho de cultura popular. Antes, o imóvel abrigava a antiga Casa do Frontispício, tendo sido restaurado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para receber o museu, de onde se tem uma vista inesquecível da Baía de Todos-os-Santos. O desafio foi contar tanta história em quatro pavimentos: o térreo, o primeiro andar, o terraço e o subsolo. Para tanto, não se trata de um museu tradicional: além de livros, imagens e documentos históricos, o espaço conta com roupas e instrumentos doados por celebridades da festa, maquetes que parecem ganhar vida com jogo de luzes e vídeos, depoimentos de artistas e até cinemas que ensinam a dançar.

Praça Ramos de Queirós, s/n – Pelourinho
(71) 3324-6760

Casa do Carnaval, Salvador BA – Fonte: Wikimedia Commons

>> Museu Cidade da Música

Todos os ritmos da Bahia se encontram aqui. A Bahia foi palco da criação de ritmos e movimentos culturais que marcaram gerações. O espaço celebra a história da música desde a fundação da cidade até os dias de hoje.

Praça Visconde de Cayru, 19 – Comércio
(71) 3106-4659

Cidade da Música – Fonte: cidadedamusicadabahia.com.br

>> Igreja do Senhor do Bonfim

É um templo católico localizado na Sagrada Colina, na península de Itapagipe, em Salvador. Sua construção teve início entre 1745 e 1746, finalizando suas obras internas em 1754 e externa em 1772 (com as torres). É lá que são distribuídas as famosas fitinhas do Bonfim, que são feitas desde o início do século XIX com a medida do comprimento do braço direito até o peito da imagem do Senhor do Bonfim. É tombado desde 1985 e seu tombamento inclui também todo o seu acervo.

Largo do Bonfim, s/n – Bonfim
(71) 3316-2196

Igreja do Bonfim – Fonte: Wikimedia Commons

>> Casa do Rio Vermelho

Desfrutar dessa intimidade, em cada cantinho da casa, emociona os visitantes. Na sala de estar é possível ver a máquina de escrever com a qual Jorge Amado escreveu “Dona Flor e seus Dois Maridos”. Sobre a mesa, há vários originais a serem apreciados. Cada ambiente da casa tem sempre uma surpresa, com mais de 15 horas de vídeo e projeções, além de objetos pessoais e obras de arte. Os espaços são temáticos, mantendo sempre as características originais e o rico acervo de documentos importantes, como cartas trocadas por Jorge e Zélia ou as de Neruda para o escritor baiano. É possível conhecer o quarto de Jorge Amado e Zélia ou a cozinha onde o visitante aprende receitas típicas com a intermediação da famosa baiana Dadá. No jardim, um dos locais preferidos de quem vai à casa é a mangueira onde estão depositadas as cinzas do casal. Lá, é possível ficar na sombra, sentado em dois banquinhos decorados com azulejos de Carybé.

Rua Alagoinhas, 33 – Rio Vermelho
(71) 3104-4659

Casa do Rio Vermelho, Salvador BA – Fonte: Carlton César

>> Dique do Tororó

Uma de suas principais características são as oito esculturas de orixás flutuando no espelho d’água.

Elas foram instaladas em 1998 e são assinadas pelo artista plástico Tatti Moreno. Representam os orixás Oxum, Ogum, Oxóssi, Xangô, Oxalá, Iemanjá, Nanã e Iansã. À noite, possuem uma bela iluminação cênica. O Dique do Tororó é o único manancial natural da cidade de Salvador,  tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Comumente reduzido para Dique, possui uma lagoa de 110 mil metros cúbicos de água. É delimitada, atualmente, pelo bairro do Tororó em sua margem esquerda; pelo do Engenho Velho de Brotas em sua margem direita; ao Norte, pelo bairro de Nazaré e pelo estádio Itaipava Arena Fonte Nova; e, ao Sul, pelo bairro do Garcia. É margeado pelas avenidas Presidente Costa e Silva e Vasco da Gama – que, ao Sul, convergem para a avenida Centenário e o Vale dos Barris.

Av. Vasco da Gama, s/número (e Pres. Costa e Silva), Nazaré

Dique do Tororó, Salvador BA – Fonte: Wikimedia Commons

>> Bairro Rio Vermelho

Pense num bairro que nunca dorme. Esse é o Rio Vermelho, principalmente na região da orla. É lá que ficam os barzinhos considerados por muitos como os mais transados, vários com música ao vivo e com menu diversificado. Isso sem falar nas casas de show, nos espaços reservados ao rock baiano e nas feirinhas de artesanato. Esse santuário da muvuca, palco da tradicional Festa de Iemanjá (todo dia 2 de fevereiro), conta ainda com colônia de pescadores, o Teatro Sesi e, claro, o memorial A Casa do Rio Vermelho, museu implantado no imóvel onde viveu o casal de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai.

Bairro Rio Vermelho, Salvador BA – Fonte: Wikimedia Commons

>> Farol e Praia de Itapuã

Imortalizada por Vinicius de Moraes e Toquinho na canção “Tarde em Itapuã”, o bairro, que já foi local de veraneio e cuja orla passou por processo de requalificação pela Prefeitura, é pura inspiração. Com um clima ainda meio que de interior, apesar de contar com hotéis e resorts de luxo, esse trecho do litoral de Salvador, que cresceu a partir de uma colônia de pescadores, também tem farol, pedras que formam piscinas naturais, coqueiros, espaços reservados para a venda de acarajé, bares e restaurantes que vivem cheios, com especialidade na comida baiana.

Bairro de Itapuã

Praia de Itapuã, Salvador BA – Fonte: MTur

>> Farol e Praia da Barra

Dentro do forte, a mais antiga edificação militar do Brasil e cuja construção data de 1534 (antes mesmo da fundação da cidade), funciona o Museu Náutico da Bahia, o único do gênero no Estado, reunindo acervo de achados arqueológicos submarinos, instrumentos de navegação e sinalização náutica, maquetes, miniaturas de embarcações de variadas origens e uma mostra permanente relativa à geografia, história, antropologia e cultura da Baía de Todos-os-Santos.

Com uma balaustrada que compõe o conjunto arquitetônico do bairro, a orla da Barra é um enorme calçadão em piso compartilhado, que fica lotado nos fins de semana, contando, inclusive, com ciclovias e estações de compartilhamento de bikes. Aliás, tem um estacionamento fechado e seguro para bicicletas montado ao lado do Farol da Barra. Tudo muito bem iluminado à noite, quando também é possível aproveitar a faixa de areia. Isso sem falar nos bares, restaurantes, sorveterias, lanchonetes e casas de shows

Largo do Farol da Barra, S/N – Barra
(71) 3264-3296

Farol da Barra, Salvador BA – Fonte: Pref. do Salvador

>> Praia de Stella Maris

É conhecida por suas águas boas com ondas para a prática do surfe e suas piscinas naturais entre os recifes de corais na maré baixa. No local, também existem barracas de praia organizando festas.

Bairro de Stella Maris

>> Praia do Flamengo

Muito frequentada, possui muitos coqueiros, areia amarelada e arrecifes, que provocam ondas fortes, boas para o surfe. Mas também são comuns as práticas de caminhada, pesca, pesca de mergulho, frescobol e kitesurf.

Bairro de Stella Maris

Praia do Flamengo, Salvador BA – Fonte: MTur

>> Praia de Piatã

Possui uma forma que se assemelha à de uma enseada, terminando em uma pequena península rochosa. Costuma ser frequentada tanto por soteropolitanos quanto por turistas, a praia costuma estar sempre cheia. Banhistas vivenciam a presença de muitos surfistas, que passaram a utilizar esta praia para a prática do esporte.

Bairro de Piatã

>> Forte de Santa Maria

Localizado no Porto da Barra, possui elementos característicos da arquitetura romana, como abóbada de berço, por exemplo. Internamente, seus 94 metros quadrados seriam limitados para abrigar um acervo de 5 mil fotografias. Mas é o uso da tecnologia digital que faz a diferença nesse pequeno museu que rende homenagem a diversos fotógrafos baianos e a Pierre Verger, um dos maiores do ramo no século XX. Interatividade é a palavra de ordem dentro do museu. Em dado momento, o visitante se depara com um espelho e sua imagem é transportada imediatamente para uma moldura, como se ele tivesse sido fotografado por Verger no início do século passado. Mais adiante, numa salinha, vários temas do cotidiano são projetados no chão. Ao pisar em cada um dos temas, o visitante é convidado a ver, projetadas nas paredes, diversas imagens (sempre de Verger e de fotógrafos baianos) relacionadas com o tema escolhido. O espaço abriga ainda máquinas Rolleiflex utilizadas por Verger. Há estudos fotográficos de interesse antropológico, com informações iniciais sobre irmandades negras, a exemplo da Nossa Senhora da Boa Morte. É possível ver exposições localizadas em outros espaços utilizando óculos de realidade virtual, além de imagens antigas de Salvador.

Av. Sete de Setembro – Barra
(71) 3267-3307

Forte Santa Maria, Salvador BA – MRE

>> Parque da Lagoa Abaeté

A lagoa do Abaeté é uma lagoa situada na área de proteção ambiental Parque Metropolitano Lagoas e Dunas do Abaeté, no bairro de Itapuã, em Salvador. Situado a mais de 10 quilômetros do Centro da capital estadual, a principal via de acesso começa na ladeira Ibiama, em Itapuã, e vai até a ladeira do Mirante, que termina justamente no mirante do Abaeté, de onde pode se ter uma vista ampla do parque.

Bairro de Itapuã

Parque da Lagoa Abaeté – Fonte: Wikimedia Commons

>> Ponta de Humaitá

Abriga um conjunto arquitetônico formado pela Igreja e mosteiro de Monte Serrat, o antigo Iate Clube de Monte Serrat e casas no estilo do século XIX, além do Farol de Monte Serrat, construído no começo do século XX para guiar as embarcações que passavam pela região. No dia 8 de março acontece a festividade do Presente de Iemanjá de Humaitá, na qual baianas e populares levam oferendas e pedidos à orixá considerada rainha das águas.

Rua da Boa Viagem, 56 – Monte Serrat
(71) 98301-8881

Ponta de Humaitá – Fonte: MTur

>> Solar do Unhão

Solar do Unhão é um sítio histórico do século XVIII, às margens da Baía de Todos-os-Santos. Integrado pelo Solar, a Capela de Nossa Senhora da Conceição, um cais privativo, aqueduto, chafariz, senzala e um alambique com tanques. O conjunto atualmente sedia o Museu de Arte Moderna da Bahia, que conta com um acervo de arte contemporânea abrangente, com cerca de mil obras, com destaque para trabalhos de Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Flávio de Carvalho, Di Cavalcanti, Rubem Valentim, José Pancetti, Carybé, Mário Cravo e Sante Scaldaferri. Além de uma programação específica para cada exposição, que, normalmente, conta com encontros com artistas, ciclos de conversa sobre arte, oficinas associadas às mostras, palestras e expedições, o MAM realiza atividades culturais diferenciadas como o Jaz no MAM.

Na área externa, o visitante encontra o chamado Parque das Esculturas, uma exposição a céu aberto inaugurada em 1997 e uma sala de cinema e café – Saladecinema MAM.

À beira-mar encontram-se obras contemporâneas de autoria de Bel Borba, Carybé, Chico Liberato, Emanoel Araújo, Fernando Coelho, Juarez Paraíso, Mário Cravo Júnior, Mestre Didi, Sante Scaldaferri, Siron Franco, Tati Moreno e Vauluizo Bezerra. Carybé foi o autor do gradil que cerca o espaço e também assina o projeto de um painel de concreto, localizado na parte final do jardim e do portal de entrada. A estrutura em ferro representa o Sol e estilizações do acarajé.

Av. Contorno, s/n – Dois de Julho
(71) 3117-6144

>> Ilha dos Frades

Localiza-se praticamente no centro da baía de Todos os Santos, pertencendo ao município de Salvador. Tornou-se oficialmente um bairro da cidade de Salvador em 2017. Com apenas seis quilômetros de comprimento, possui a forma de uma estrela de quinze pontas e apresenta belas paisagens, com praias, lagos, cachoeiras, montanhas, coqueirais e uma vegetação típica da Mata Atlântica, com árvores nativas, inclusive o pau-brasil.
O acesso à ilha é feito a partir da ilha de Madre de Deus, onde se pode fazer a travessia marítima em barcos alugados até Paramana ou a Ponta de Nossa Senhora, ou, a partir de Salvador, em barcos de turismo.

Ilha dos Frades BA – Fonte: Wikimedia Commons

>> Ilha da Maré

A praia de Nossa Senhora das Neves é a mais importante em termos de visitação turística. A travessia é feita em barcos, também chamados pelos nativos de lanchas, movidas a diesel e que, a depender do porte, podem transportar até 150 pessoas. As embarcações têm como ponto de partida o Terminal Hidroviário de São Tomé de Paripe.

Ilha da Maré BA – Fonte: defensoria.ba.def.br

>> Ilha de Bom Jesus dos Passos

Em meio a manguezais e floresta densa, a ilha de Bom Jesus desenha um belo cenário tendo, ao fundo, a Igreja de Bom Jesus dos Passos. O mar, de um vasto azul e águas calmas, é ideal para pesca e para a prática de esportes náuticos. Pontinha e Ponta do Padre são as praias mais procuradas para banho. A ilha também dispõe de uma ampla área para camping.

Dicas de Roteiros

Seguem alguns passeios interessantes para agendar:     

Conheça a capital nordestina mais próxima de Salvador: Aracaju

Para o Litoral Norte e Litoral Sul da Bahia

Trata-se do tipo de turismo que oferece a presença conjunta de água, sol e calor. A combinação desses elementos constitui-se o principal fator de atratividade, ocasionada especialmente por temperaturas quentes ou amenas propícias à balneabilidade. Apesar das datas oficiais, na verdade o Verão é uma estação que começa bem antes de dezembro na Bahia.

Nesta terra, o sol reina na maior parte do tempo e o clima é aprazível o ano inteiro. Em outubro e novembro, os ensaios dos blocos e artistas da terra esquentam ainda mais o clima em Salvador e a capital ferve com celebrações de baianos e turistas de todos os continentes. Com um litoral privilegiado (mais de mil quilômetros de paraíso à beira-mar), belezas naturais aliadas à hospitalidade do povo, à culinária e à cultura, a Bahia cada vez mais atrai investidores do mundo inteiro.

Para a Baía de Todos-os-Santos

Com mais de 1.200 quilômetros quadrados de área, a Baía de Todos-os-Santos é rica em belezas naturais e patrimônio histórico. Um passeio de barco por suas águas tranquilas proporciona agradáveis momentos de lazer e contemplação.

Monumentos turísticos icônicos de Salvador, como o Elevador Lacerda, o Forte de São Marcelo e o Mercado Modelo, tornam-se ainda mais atraentes quando observados da perspectiva da baía. E a visão de um pôr do sol sobre seu mar sereno no verão é um espetáculo imperdível.

Para Jiriquiça, a 257 km de Salvador

Pertencente a rota Vale do Jiriquiça, lugar aonde a presença de cachoeiras, rios, morros, flora e fauna exuberantes vêm despertando o interesse de inúmeros visitantes, desde os que buscam contato com a natureza àqueles que se voltam para a prática de esportes radicais e de aventura, como cavalgadas, trekking, canoagem e pesca. O patrimônio histórico/cultural da região também é rico e diverso e o seu artesanato feito com esmero, tudo isso conformando uma oferta turística capaz de atrair fluxos regionais interessados em interagir com a natureza e a cultura local.

>> Cachoeira dos Prazeres

É muito frequentada, e no verão chega a receber 60 ônibus de turistas vindos da capital. Dispõe de piscina natural, além de queda d’água; com pequena infraestrutura, possui restaurante bem popular.

Para Canudos, a 406 km de Salvador

Um dos principais ícones do turismo histórico-cultural da Bahia, a cidade de Canudos, localizado no nordeste do Estado, guarda a história do maior conflito brasileiro do período republicano, a Guerra de Canudos.

>> Parque Estadual de Canudos

O principal cenário da guerra guarda um roteiro de cinco quilômetros, com passagem por pontos estratégicos das batalhas do século XIX. No ponto mais alto do parque, tem lugar um marco pela Guerra de Canudos, onde está fincado um grande cruzeiro.

Parque Estadual de Canudos – Fonte: bahia.com.br

Para Lençóis, a 427 km de Salvador

A cidade de Lençóis está a 394 metros de altitude. Fica localizada na Chapada Diamantina, e é famosa por ser o principal destino turístico da região. Os amantes da natureza têm Lençóis como um destino obrigatório.

De 1980 até 1994 a cidade recebia poucos turistas. Nesse período, os turistas que visitavam Lençóis eram geralmente jovens mochileiros de aproximadamente 25 anos. O turismo hoje se expandiu na cidade e conta com uma ótima infraestrutura para absorver a demanda do turismo. Visitam Lençóis cerca de 120.000 turistas por ano, que ficam em média 8 dias na cidade.

Lençois BA – Fonte: MTur

>> Chapada Diamantina

Chapada Diamantina é uma região de serras, protegida na categoria de parque nacional, situada no centro do estado brasileiro da Bahia, onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. Estas correntes de águas brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencam em borbulhantes cachoeiras e formam transparentes piscinas naturais. O parque nacional é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Morro do Pai Inácio, Chapada Diamantina, Lençóis BA – Fonte: Wikipedia

Para Paulo Afonso, a 470 km de Salvador

Conhecida como a capital brasileira dos esportes radicais, o que faz vários eventos radicais ocorrerem ao longo do ano, mas seu ponto alto de turismo é a Copa Vela. E em seu carnaval fora de época, a cidade fica lotada e toda uma estrutura é feita. O evento, que nasceu da prática de esportes náuticos como a vela e atualmente contém outras modalidades náuticas, dura em média de 3 a 6 dias e normalmente, por ser fora de época, a maioria dos grandes cantores ficam à disposição para se apresentar no evento.

Paulo Afonso BA – Fonte: Governo da Bahia

>> Complexo Hidrelétrico

No passeio no Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso, lagos, quedas d`água, vegetação nativa, pontes estreitas e flores, muitas flores.

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf – iniciou a construção de suas usinas em Paulo Afonso no ano de 1949. Hoje, estão instaladas na região, num raio de 4 km, 5 grandes hidrelétricas, a Usina Apolônio Sales, na divisa de Paulo Afonso-BA e Delmiro Gouveia-AL e as Usinas Paulo Afonso, I, II, III e IV que produzem 4.300 MW de energia elétrica. Somadas às usinas Luiz Gonzaga, em Petrolândia e Xingó, na divisa dos Estados de Sergipe e Alagoas, o Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso é responsável por 83,4% de toda a energia produzida pela Chesf.

>> Raso da Catarina

A reserva ecológica do Raso da Catarina é dividida entre reserva biológica e a indígena, com extensão de 6.400 km², recoberta de vegetação do tipo caatinga e clima típico de área desértica: durante o dia a temperatura chega a 40°C enquanto à noite é de até 10°C. Famílias dos índios pankararés habitam na entrada do cânion seco na chamada Baixa do Chico que apresenta belíssimas formações rochosas esculpidas pelo vento parecendo castelos, torre e bispo do tabuleiro de xadrez. Uma outra, lembra uma grande catedral gótica. A flora predominante é de xique-xiques, mandacarus, coroas-de-frade, facheiros, palmatórias, diversos tipos de bromeliáceas, como a macambira e árvores como o juazeiro, umbuzeiro, jatobá, pereiro, A fauna é rica em variedade de aves com coloridas plumagens e pequenos animais e refúgio de algumas espécies de micos e da ararinha-azul. Os passeios são feitos sempre com a presença de guia local e precisam ser agendados com antecedência para atender a normas do Ibama e da Funai.

Raso da Catarina, Paulo Afonso BA – Fonte: Wikipedia

Para Iguaí, a 504 km de Salvador

O município possui uma bacia hidrográfica com mais de 1600 nascentes, 180 cachoeiras e cascatas, dezenas de rios, vales e serras. Com produção agrícola diversificada tendo sua maior tradição na pecuária leiteira e de corte, cacau, cafeicultura. Outros pontos, como a Serra do Ouro com seus 1.226 metros de altitude.

Cachoeira de Bequinha, Iguaí BA – Fonte: iguai.ba.gov.br

Para Juazeiro, a 505 km de Salvador

É conhecida como a Terra das Carrancas, figuras antropomorfas que adornam embarcações típicas no rio São Francisco. Seu nome se origina da árvore do juazeiro, endêmica do sertão nordestino. Possui uma orla fluvial muito movimentada, que apresenta uma rede de bares e restaurantes movimentados onde pode-se apreciar a beleza do rio São Francisco.

A região compreendida pelas cidades de Juazeiro e Petrolina tornou-se o maior centro produtor de frutas tropicais do país, tendo destaque para os cultivos de manga, uva, melancia, melão, coco, banana, dentre outros; este desempenho é responsável pela crescente exportação de frutas além da produção de vegetais a região é conhecida nacional e internacionalmente pela produção e qualidade dos vinhos, que tiveram grande crescimento com a implantação de mecanismos de irrigação, tornando-se a única região do país a colher duas safras de uvas por ano, e a maior exportadora e produtora de frutas do Brasil, mesmo se localizando no centro do polígono das secas.

Juazeiro BA – Fonte: juazeiro.ba.gov.br

>> Vapor Saldanha Marinho – “Vaporzinho”

O Vaporzinho foi o primeiro navio a vapor que navegou no Velho Chico, tendo sido importado dos Estados Unidos, antes de navegar nessa região ribeirinha fazendo o trecho Juazeiro-BA/Pirapora-MG, navegou no rio Mississipi, nos Estados Unidos. Localizado na orla fluvial da cidade, é um monumento que homenageia os navegantes e a navegação que foram o eixo fundamental para o desenvolvimento da cidade.

Vapor Saldanha Marinho – Fonte: Wikipedia

Para Barreiras, a 872 km de Salvador (possui aeroporto)

É hoje uma cidade de porte médio com um centro comercial e de serviços em pleno desenvolvimento. Começa a despontar no cenário nacional como porta de entrada do mais novo polo de ecoturismo da Bahia, Caminhos do Oeste.

>> Cachoeira do Acaba Vida

Alimentada pelo Rio de Janeiro, a Cachoeira do Acaba Vida inunda um vale verde de veredas preservadas e matas exuberantes altamente preservadas. São 36 metros de queda livre e um visual deslumbrante, emoldurado pela mata. A nascente forma uma piscina natural de rara beleza. A cachoeira fica a 58 km da cidade, pela BR-020. Também é possível praticar rapel.

Cachoeira Acaba Vida, Barreiras BA – Fonte: Wikipedia

>> Cachoeira do Redondo

Cerca de 20 km adiante do Acaba Vida, em estrada de terra na beira do Rio de Janeiro que percorre formações de serras e poucas modificações humanas na vegetação está a Cachoeira do Redondo, uma queda d’água arredondada que forma uma grande piscina transparente com três metros de profundidade.

Cachoeira do Redondo, Barreiras BA – Fonte: Wikipedia

Onde Comer

O dendê vindo da África empresta seu sabor peculiar ao azeite que dá gosto às moquecas, mariscadas, caruru, acarajé e abará. Acompanhados da tradicional caipirinha ou da refrescante água de coco, os pratos presenteiam os olhos, seduzem o olfato e se desmancham ao paladar. É de dar “água na boca”.

Onde comer – Paella (Paeja) – Fonte: Pixabay

>> Restaurante Mariposa Pelourinho

Largo Terreiro de Jesus, 17 – 100 Pelourinho
(71) 98802-4362
@mariposapelourinho

>> Restaurante Rei do Pirão

Rua Simões Filho, 886 – Boca do Rio
(71) 3044-2888
www.reidopirao.com.br

>> Restaurante Carvão

Rua Professor Sabino Silva 5 Chame-Chame
(71) 3022-8682
@carvaorestaurante

>> Restaurante Bacalhau de Martelo

Rua Odilon Santos, 205 Shopping Rio Vermelho
(71) 3334-0458
@bacalhaudemartelo

>> Restaurante Barra Vento

Av. Oceânica, N 814 Barra
(71) 3247-2577
restaurantebarravento.com.br

>> Restaurante A Porteira

Av. Marechal Costa e Silva, s/n Dique do Tororó
(71) 3382-7808
@aporteirarestaurante

Onde Ficar

Seguem algumas dicas:

Onde se hospedar – Fonte: Unsplash

>> Hotel Sol Barra

Av. Sete de Setembro, 3577, Barra
(71) 3418-7000
www.salvadordabahia.com/hotel/sol-barra/

>> Hotel Íbis Salvador Rio Vermelho

Rua Fonte Do Boi, N° 215 Rio Vermelho
(71) 3172-4100
ibis-salvador-rio-vermelho-hotel.hotel-ds.com/pt/

>> Portobello Ondina Praia

Av. Oceânia, 2275 – Ondina
(71) 2203.6000
portobelloondina.com.br

>> Hotel Bahia do Sol

Av. Sete de Setembro, 2009, Graça
(71) 3338-8800
www.bahiadosol.com.br

>> Grande Hotel da Barra

Rua Forte São Diogo, N° 02 – Porto da Barra
(71) 2106-8600
www.grandehoteldabarra.com.br/pt-br/

>> Novotel Salvador Rio Vermelho

Rua Monte Conselho 505 – Rio Vermelho
(71) 2103-2233
linktr.ee/novotelRV

>> Pousada Charme Fonte do Boi

Rua Fonte do Boi 68, Rio Vermelho
(71) 3014-6868 / 3015-6868
www.pousadafontedoboi.com.br

  • Fontes: curta.salvador.ba.gov.br | pelourinhodiaenoite.salvador.ba.gov.br | bahia.com.br | Outras fontes colaborativas
Hilton Albuquerque

Hilton Albuquerque